Quando entramos em um ambiente como um escritório, sala de reuniões, apartamento de hotel, restaurante, sala de aula ou uma sala cirúrgica é comum nos preocuparmos com o conforto térmico, identificamos rápido se está frio, quente ou abafado. Esta percepção nos dá uma dica das condições da qualidade do ar no ambiente, mas não é suficiente para considerarmos um ambiente seguro.
Normas vigentes
A qualidade do ar interior é uma preocupação mundial antiga, em nosso país, a RE 9/2003 da ANVISA formalizou esta preocupação e definiu limites mínimos para a qualidade do ar interior. A resolução determina faixas seguras de temperatura, umidade relativa do ar, nível de CO2 no ambiente, dentre outros parâmetros. Para ambientes hospitalares a NBR 7256 define os parâmetros necessários para o tratamento do ar nestes ambientes.
Com base nestas definições e determinação torna-se indispensável o monitoramento contínuo da temperatura ambiente, umidade relativa do ar e nível de CO2 para manter o controle da qualidade do ar ambiente e antecipar prováveis patologias construtivas ou problemas originados por mal funcionamento do sistema de ar condicionado.
Qualidade do ambiente
Temperaturas altas, umidade relativa do ar alta e concentração de CO2 em níveis superiores a 1000ppm no ambiente, podem causar problemas para as pessoas que estão no local, uma vez que, concentrações altas de CO2, podem originar sonolência, dores de cabeça, fadiga, náuseas e dificuldades de concentração. Um ambiente com esta patologia indica níveis baixos de renovação do ar interior condição propícia à propagação do COVID 19.
Tecnologia
Os avanços tecnológicos apresentados pelas áreas de desenvolvimento de sensores e internet das coisas (IoT) permitiu o desenvolvimento de dispositivos sem fio, ligados a rede WI-FII local, capazes de monitorar e registrar continuamente a temperatura, umidade relativa e concentração de CO2 permitindo a identificação de patologias e antecipação de problemas no ambiente.
Somente com ações como o monitoramento dinâmico desses parâmetros podemos antecipar problemas de qualidade do ar de ambientes fechados, definir ações para evitá-las, garantir um ambiente seguro para todos os usuários e reduzir a propagação do COVID 19, contribuindo com o bem estar fisiológico, psicológico e social das pessoas.