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Gestão de Risco e o novo padrão do capítulo Gerenciamento das instalações e segurança do manual da 7ª edição da JCI

O processo de gestão de risco já faz parte dos padrões da JCI há muitos anos, as atividades de avaliação de risco, monitoramento, identificação de risco e análise crítica são exaustivamente citados nos propósitos, padrões e elemento de mensuração.

No capítulo referente ao gerenciamento das instalações e segurança, conhecido pela sigla FMS, isso não é diferente, entretanto o novo manual introduziu um padrão específico que deixa claro o requisito que exige uma avaliação abrangente de risco para cada programa de gerenciamento das instalações e segurança.

Os oito programas, solicitados no padrão, abrangem toda a área de facilites, como engenharia clínica, engenharia de manutenção, segurança patrimonial, combate a incêndios e emergência, gestão de produtos perigosos e resíduos hospitalares, segue a lista dos oito programas.

  • Segurança
  • Proteção
  • Materiais e resíduos perigosos
  • Segurança contra incêndio
  • Equipamento médico
  • Sistemas de utilitários
  • Gerenciamento de emergências e desastres
  • Construção e reforma

Para os oitos programas a JCI estabelece que “O hospital desenvolve e documenta uma avaliação abrangente de riscos com base no gerenciamento das instalações e riscos de segurança identificados em toda a organização, prioriza os riscos, estabelece metas e implementa melhorias para reduzir e eliminar riscos.

Este padrão é complementado por um elemento de mensuração que diz “As avaliações de risco de todos os oito programas de gerenciamento e segurança de instalações são integradas para desenvolver e documentar uma avaliação abrangente de risco em toda a instalação, pelo menos anualmente.

Lendo com atenção o padrão e seu complemento é possível identificar, claramente, várias atividades do processo de gerenciamento risco estabelecido no framework da ISO 31.000.

O framework do processo de gestão de risco estabelecido pela ISO 31.000 apresenta várias atividades que necessariamente precisão ser desenvolvida para que tenhamos ao final um processo consistente e robusto. Estas atividades são:

  • Estabelecimento do Escopo, contexto e critério
  • Identificação de riscos
  • Análise de riscos
  • Avaliação de riscos
  • Tratamento de riscos
  • Monitoramento e análise crítica
  • Comunicação e consulta
  • Registro do relato

Figura 1: framework do processo de gestão de risco, ISO 31.000.

Processo de gestão de risco

Comparando o padrão da JCI e o framework do processo de gestão de risco da ISO 31.000 conclui-se que ao adotar a norma ISO como referência para o desenvolvimento da avaliação abrangente de risco solicitado no padrão da JCI, o gestor de facilites vai se beneficiar de todos as vantagens como padronização e robustez do programa.

Entende-se, portanto, que cada programa compreende um escopo e contexto bem definido para a realização do processo de gestão de riscos.

Destaco que, sabiamente, a JCI solicita que todo o processo de gestão de riscos deve ser integrado para que se tenha um processo completo para todo ambiente hospitalar, isto quer dizer que todos os gestores da engenharia clínica, engenharia de manutenção, segurança patrimonial, incêndio e emergências e gestão de resíduos e seus colaboradores devem participar  do processo de gestão de riscos para compartilhar suas experiencias para que agregue valor a segurança dos pacientes, familiares, visitantes, colaboradores e qualquer pessoas que entre em um ambiente hospitalar.

Ricardo Reis

Diretor de Operações e Negócios

Engenheiro Especialista em Engenharia Clínica e Segurança do Trabalho
Pós-graduado em Administração de Empresas
Gestão de Risco e Segurança do Paciente

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