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Gerenciamento de risco aplicado na área da saúde

Restaurar a saúde do paciente é o objetivo central de qualquer tratamento, independentemente do nível de necessidade. Portanto, no gerenciamento de risco, consideramos a qualidade dos serviços de saúde prestados prevenindo, corrigindo e respondendo aos fatores de risco inerentes ao meio ambiente. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança da Assistência Hospitalar 2016 do Instituto de Saúde Complementar (IESS) mostram que, em média, 829 brasileiros morrem por erros que poderiam ter sido evitadas. Diante dos dados, esses erros nos hospitais representam a segunda causa de morte no país.

O gerenciamento de riscos inclui controles e medidas preventivas para evitar e reduzir a probabilidade de situações perigosas ou erros. Nas unidades de saúde, o mau funcionamento pode levar à morte do paciente. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 36, Legislação de vital importância para que os órgãos de saúde tomem ações para promover a segurança do paciente e melhorar a qualidade dos serviços de saúde.

Uma das recomendações da resolução é a criação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que visa aprimorar continuamente os processos e utilizar a tecnologia no setor de saúde.O NSP deve ser responsável ​​por implementar e promover boas práticas de segurança hospitalar por meio do gerenciamento permanente de riscos.Uma de suas capacidades é facilitar mecanismos para identificar não conformidades em processos, procedimentos e uso de equipamentos, medicamentos e insumos, e fazer recomendações para prevenção e correção.

O gerenciamento de riscos na área da saúde tem a finalidade de implantar ações preventivas, corretivas e contingenciais para garantir eficácia e eficiência operacional e oferecer um serviço de saúde com qualidade e segurança ao paciente. E isso, consequentemente, influencia no lucro e na sustentabilidade do negócio.

A ABNT NBR ISO/IEC 31010 é um guia complementar de gerenciamento de riscos à ABNT NBR ISO 31000, que fornece uma série de técnicas de avaliação para identificar e entender os riscos em todos os setores organizacionais, independentemente do setor.

A chamada “caixa de ferramentas” de gerenciamento de risco IEC 31010 e ISO 31000 fornece padrões, melhores práticas e referências internacionalmente reconhecidos, e com uma estrutura de gerenciamento de riscos, princípios e processos estabelecidos. o processo de gerenciamento de riscos que, basicamente, passa por três etapas:

  • Diagnosticar e mapear os riscos
  • Desenvolver soluções
  • Implantar e executar as soluções

Gerente de risco

A Gerência de Risco é multiprofissional, reúne farmacêuticos, engenheiros e técnicos, enfermeiros, médicos e demais profissionais envolvidos com a vigilância de medicamentos, materiais médico-hospitalares, equipamentos, saneantes, sangue e seus derivados.

O gerente de risco é um gerente de informação para o Hospital e para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária de Produtos de Saúde Pós-Comercialização. Articula apoio assistencial em diversas áreas (farmácia, engenharia clínica, manutenção, serviços de hemoterapia, comissão de controle de infecção hospitalar – CCIH, etc.), previne eventos adversos decorrentes do uso de produtos de saúde e acesso à qualidade e segurança de procedimentos e tratamentos. O gerente de risco hospitalar é responsável por:

  • Ações para desenvolver e incentivar a vigilância sanitária hospitalar para auxiliar na seleção, planejamento e gestão dos produtos de saúde;
  • Identifica, investiga e envia notificações de incidentes, reações adversas ou reclamações técnicas relacionadas a produtos farmacêuticos, sangue e hemoderivados, equipamentos e artigos médicos, reagentes de diagnóstico in vitro e materiais de desinfecção e esterilização hospitalares ambientais Suspeita de fornecimento de produtos de saúde à Anvisa;
  • Coordenar as ações requeridas em Tecnovigilância, Farmacovigilância e Hemovigilância e Vigilância de Saneantes de Uso Hospitalar;
  • Participar da formação, disseminação dos conhecimentos e atualização de recursos humanos em Tecnovigilância, Farmacovigilância, Hemovigilância e materiais para desinfecção e esterilização em ambiente hospitalar;
  • Coordenar a elaboração e implantação de Planos de Melhoria, produtos do contrato firmado entre a Anvisa e hospitais sentinela

Desafios da gestão de riscos

A qualidade precisa ser um requisito fundamental do negócio de saúde. O gerenciamento de riscos nas organizações de saúde deve ser de cima para baixo. A alta administração precisa acreditar em sua importância, cumpri-la, comprometer-se e replicar essa cultura em toda a organização. É necessário o envolvimento de todos para o cumprimento rigoroso dos processos, procedimentos e ações.

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